Viajar sozinha fez com que eu acessasse muitos lugares em mim que não conseguiria se estivesse acompanhada.
O silêncio externo faz a gente olhar para a bagunça e/ou o barulho interno.
Talvez seja por isso que muitas pessoas entendam que ficar sozinhas é solidão.
Eu já fui essa pessoa.
Na verdade, muitas vezes não estamos preparados para ouvir tudo que a gente sente, pensa ou precisa falar e são nos momentos de solitude que isso vem, por isso vivemos evitando.
No sentido localização, sempre me achei muito perdida, mas viajando sozinha entendi que sei me localizar. A partir do momento que me vi ali sem ninguém do meu lado, o modo sobrevivência foi ativado de maneira automática e fez com que eu me surpreendesse.
Muitas vezes a gente se deixa dominar pelo medo do novo e pela ideia que criamos de situações que ainda nem vivemos.
E posso te dizer que eu sofri por antecedência com essa solo trip.
A partir do momento que simplesmente fui, me vi sendo uma pessoa muito diferente do que acreditava que ser.
O medo do novo muitas vezes limita nossa percepção sobre nós mesmos.
De uns 5 anos para cá, comecei a apreciar minha companhia, mas viajar sozinha me fez ter certeza que amo muito minha companhia e isso me basta.
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