Precisamos falar sobre uma coisa séria: COMO LIDAR COM A SAUDADE DOS NOSSOS BICHINHOS?
Diariamente (eu disse diariamente) meus pais me mostram o Toddy e o Snow por vídeo, mas parece que a saudade só aumenta.
Prazer, eu sou a Rosana, viciada em pets.
Tenho dois cachorros, o Toddy Augusto e o Snow.
O Toddy Augusto foi criado nas ruas e adotado para ser um belo burguês (e ele realmente é).
É o vira lata com a cara mais fofa do mundo, é o mais carinhoso, carente, medroso, mas se finge de bravo para defender todo mundo, late loucamente como um pintcher e rosna parecendo uma mobilete velha.
Era ele que dormia juntinho comigo todas as noites!
Ele completou 5 anos em junho (entenderam a carência?).
O Snow é um lord com seus olhos azuis e sua inteligência absurda. Se faz de bonzinho (e ele é), mas de repente você percebe que perdeu 10 horas do seu dia jogando a bolinha e fazendo tudo que ele queria. Inclusive é impossível ficar brava quando ele faz xixi no lugar errado, porque automaticamente ele vira o burro do Sherek com aqueles olhos azuis doces e as orelhas para trás.
É ele quem aguenta com a maior paciência do mundo o Toddy Augusto enchendo o saco o dia todo e, com certeza, se pergunta diariamente “o que eu fiz pra merecer isso?”, mas ao mesmo tempo chora e fica desesperado quando fica separado do irmão. É aquela famosa relação de irmãos né?
Ele completou 6 anos em abril (bem ariano doido quando vê uma bolinha).
Esses dois são meus amores.
São eles que sentiam quando eu estava triste e ficavam deitados do meu lado. Eles que iam me acordar de domingo de manhã. Na verdade o Toddy simplesmente se enfiava nos meus braços e dormia junto enquanto o Snow ia dar uma cheiradinha no meu nariz para me acordar. Eles que faziam festa TODOS os momentos que eu estrava em casa, mesmo se ficasse fora por só 2 minutos.
Sério, cachorros são sensacionais.
Antes de me mudar sofri com antecedência pela nossa separação. Juro, eu abraçava e pedia desculpas por me separar deles. Diariamente. E chorava. Diariamente também.
E hoje como o esperado, sinto muita muita falta deles. É tipo uma abstinência de cachorros.
É doido pensar nisso, mas nem preciso fechar os olhos para sentir a textura do pelo deles na minha mão. Consigo sentir a orelhinha mole do Toddy e a orelhinha mais macia do Snow. Consigo sentir o pelo macio do pescoço do Snow depois do banho e também a textura do pelo dele quando o banho já está vencendo. Sinto exatamente o formato do fucinho do Toddy na minha mão. E o cheiro das orelhinhas? O cheiro das patas?
Espero NUNCA deixar de sentir isso, porque ultimamente é o que tem me feito não surtar de saudades.
Nos primeiros 20 dias aqui o Léo percebeu minha abstinência e me levou num café de gatos. Amei. Senti meu coração mais quentinho.
Depois pegamos uma gatinha de uma amiga para cuidar. Coitada, ela sofre com meus ataques de Felícia. Se vejo alguma coisa dos meus cachorros, automaticamente já chamo a gata e começo a abraçar e beijar. Mas hoje ela foi embora e já tô sentindo a síndrome do ninho vazio.
Agora peguei uns bicos como pet sitter. Meus primeiros clientes foram dois buldogues franceses. Obviamente perco um tempinho a mais lá para aproveitar para ser muito Felícia.
Embora tenha encontrado artifícios para sentir um pouco menos de saudade, a saudade só aumenta (essa conta não fecha né?). É incrível o quanto um bichinho pode transformar a química do nosso cérebro.
Espero que eles não esqueçam de mim (pelo menos o Toddy segue dormindo na minha cama. Saudades ou felicidade de ter a cama só pra ele?).
Dezembro tô lá pra ser muito Felícia!!!
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